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Dossiê: Pestes, quarentenas, pandemias e pandemônios
Dossiê: Pestes, quarentenas, pandemias e pandemônios: visões e visualizações da doença ontem e hoje
Submissão: 01 fevereiro a 01 de maio de 2021
Publicação: v. 13, n. 29, set./dez. 2021
Orgs: Enrique Vetterli Nuesch (Unespar), Alamir Aquino Correa (UEL) e Carlos Henrique Falci (UFMG)
O presente Dossiê convida pesquisadoras e pesquisadores a olharem de forma interdisciplinar, tanto para o tempo corrente como para o passado, e proporem as relações, as reminiscências, continuidades e descontinuidades entre as diversas manifestações, discursivas, artísticas e mediáticas que emergem da experiência epidêmica/pandêmica que afetaram e afetam a humanidade.
Registros e manifestos acerca de situações de contágios extensivos das mais diversas moléstias, sejam médicos, poéticos, crônicos, legais ou religiosos, encontram-se em todos os tempos históricos. Homero em sua “Ilíada” e Tucídides em sua “História” falavam da λοιμός (praga), a ser enviada por deuses ou trazidas pela guerra. Se, ainda pensando nas ecos culturais da antiguidade grega, hoje nos recordamos da esperança que Sófocles pôs em boca dos tebanos, apresentando-os crentes de que Édipo viria a cumprir determinações oraculares e salvar a cidade da pestilência e do morticínio, isso também nos lembra que ainda em nosso tempo recorremos ao divino perante a catástrofe que se desenrola aos nossos olhos terrenos. A causa e salvação ainda podem estar em nossa relação com as divindades que nos regem. A oração, a penitência, a maldição dos transgressores, nas formas e maneiras como praticadas nos diversos sistemas religiosos do globo, chegam-nos por meios noticiosos online ou televisivos. O conflito entre medidas sanitárias governamentais, que derivam de recomendações científicas, e o exercício da fé, também marca presença forte.
Noutra perspectiva, pode-se dizer que nunca acompanhamos com tanto fervor as estatísticas de contágio e mortalidade por doenças infecciosas. Numa época em que a visualização de dados tornou-se tão importante, consultamos com afinco a disposição gráfica dos números produzidas por instituições de pesquisa. Sabe-se, contudo, que cada época lidou a seu modo com suas condições de produção gráfica.
Quando o historiador George Kubler elaborava uma forma de pensar a história da arte, concluiu que simples “períodos” ocupando em sequência o tempo cronológico era algo totalmente insuficiente, e preferiu em pensar “formas do tempo”, quer dizer, as formas como o tempo se inscreve nos objetos. Assim, aos objetos artísticos corresponderiam formas temporais distintas, caracterizadas pelos problemas que os artistas se propuseram e propõem a resolver. Talvez o momento que vivemos hoje seja capaz de lançar luz a essas continuidades fragmentadas das diferentes maneiras de se viver, imaginar, ver e registrar os momentos pandêmicos.
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